segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Tento racionalizar por que simplesmente não consigo dormir, quando me encontro livre do torpor causado pela indução de um estado anestésico que possa me livrar do fardo deste inconstante emaranhamento de pensamentos. A todo segundo. Fecho os olhos e posso ouvir o ruído estremecido e vibrante causado por cada idéia, aos poucos enlouqueço. Procuro encontrar desta forma o instante que causou tudo isso refletindo sobre cada estado agora de maneira lúcida sem o prévio auxilio outrora usado em ocasiões tão desesperadoras quanto estas. Apesar de parecer se tratar de um texto sem grandes atrativos intelectuais penso que de certa forma possa contribuir descrevendo a sensações sentidas nesta hora de angustia e puro pavor da qual me encontro surpreendido quando acreditava já estar preparado devidamente para enfrentá-la.

É quase como se fosse dividido ao meio
Cada parte toma para si uma parte
Cada parte tenta unir se a outra parte
É quase como se fosse uma guerra entre dois exércitos
De ambos os lados ouvem-se os disparos
De ambos os lados sentem-se os danos
É quase como se o corpo por completo padece-se
De ambos os lados o chiado aumenta
De ambos os lados às idéias desordenadas parecem fugir
É quase como se tudo perde-se o sentido útil
Metade toma para si a responsabilidade referente as suas ações
Metade toma para si a irresponsabilidade referente as suas ações
É quase como se martelar, despregando em seguida cada prego colocado.
O chiado aumenta e o aumento de idéias simplesmente parece triplicar

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