
O tempo de duração se daria pelos meios oferecidos, numa conversa com meu velho amigo pude notar e ate constar um fato de que em todos os termos se mostram verdadeiros e claros. Buscamos por conforto e uma espécie de bem estar que só o jogo social e o status cotidiano pode promover, quando dizemos que sentimentos estão acima destas questões nos traímos por que engajados num sistema que promove o capital e a mais pura infantilidade crer que certas coisas se resolverão sem o seu auxilio. As regras e as cartas são distribuídas de acordo com sua posição neste sistema, num primeiro e digo mais impar momento somos capazes de sucumbir às demonstrações que vão se enfraquecendo com as provas contrarias de que sempre serão administradas, dia após dias. Um dia pelo outro sempre. Três meses poderiam se tornar anos num ciclo de sofrimento, prefiro a sinceridade que desmorona todas as realizações em três segundos, nos permitindo partir para o próximo quesito que logo se apresenta quando um e substituído. Posso procurar uma atitude positiva, mas vivendo a margem destas realizações não vejo meios para não me deprimir e me sentir um tanto desencorajado com os seus desfechos. Dizem-me que pensamentos e ciclos positivos resolveriam e dariam um certo ar animador aos meus dias, mas confesso ser incapaz ao constar às inúmeras desavenças que promovem justamente o contrario. Acreditem meus caros se entregar ao sofrimento e um ato duro e não prazeroso, abrir os olhos em meio à tempestade para se enxergar exige muito mais coragem do que pensam alguns.
A paixão pela vida
Tantas foram às sementes que plantei
Tantas
Mas tão poucas germinaram
Confesso que talvez nenhuma
Tenha de fato dado algum fruto
Pois jamais chegaram a nascer
Tornei-me escravo da perfeição
Aliado metódico do construtivo
Deixando assim de colher
Pois a minha seara se mostrou improdutiva
O velho arado
Hoje enferruja
Ao sabor do tempo
Que tudo controla
E que a tudo desfaz
Invejo aos meus vizinhos
Em suas terras tão prosperas
E invejo seus dias em demasiada alegria
Nada mais tenho a plantar
Por nada já tenho a colher
O prazer de cultivar se foi
Mas ainda há esperanças
Pois agora, frente a esta pequena semente.
Vejo a chance de mais uma vez recomeçar.
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